quinta-feira, 14 de junho de 2012

'Socorrro, tem um escorpião no meu quarto.'


Montes Claros - 14/06/2012

Estou eu indo dormir todo contente 2:00h da manhã. Entro no quarto, acendo a luz e ao fechar a porta me deparo com um escorpião-amarelo de tamanho considerável para sua espécie e aparência linda e ameaçadora.
Logo me desespero, a antiga fobia por aracnídeos agrava a sitiação; corro ou enfrento o animal?
E se eu corro para pedir socorro e ao voltar não o encontro mais?
Chamo por meu pai mas este parece não acordar de maneira alguma...
E se eu tento abatê-lo sem sucesso e então eu é que acabo abatido?
Resolvo que o melhor é não perdê-lo de vista e procuro algo que possa me servir de arma... Chinelo? Nunca! Vê se eu vou aproximar a mão dele tanto assim... Vassoura? Menos; pra isso eu teria de ir lá fora buscar uma... Então enxergo o 'x', o suporte para meu teclado que fica sempre no canto da parede a espera de um show para ser solicitado mas que dessa vez teve outra utilidade: Seria a arma para dar cabo do aracnídeo.
Penso alguns segundos antes de desferir o golpe, já que o x é um objeto bastante desajeitado e não posso pensar em fazer outra coisa senão acertar o escorpião de primeira. Decido a melhor maneira de fazê-lo; é agora... respira fundo... vai! Acerto-lhe uma porretada logo de primeira, mas uma pancada de verdade, dessas que arracam pedaço de parede; apesar disso o animal não parece estar morto, preciso de ajuda... chamo novamente por meu pai e, como antes, sem sucesso.
O x prossegue pressionando o bicho, que se esperneia como que esperando um vacilo meu para escapar. Não posso soltá-lo em hipótese alguma, sem saber sua real condição? Jamais! O que faço? Insisto em chamar pelo meu pai que insiste em não me ouvir... De repente me ocorre a solução; com o pé, continuo pressionando o x contra o escorpião enquanto estico-me para pegar o celular. Uma vez com o celular na mão, escrevo uma mensagem enderaçada a meu pai:

'Socorro, tem um escorpião no meu quarto'

Ele lê e não dá atenção, mas consigo o que quero que é acordá-lo; 'Pai! Me ajuda aqui, tem um escorpião aqui!'. Surpreso, ele se levanta e vem ver a situação. A princípio não acredita que realmente exista um escorpião alí mas convenço-o e então ele se arma com o chinelo. É quando retiro o x de cima do bicho e ele meio vivo, meio morto, se contorce freneticamente até que uma chinelada fatal põe fim na situação.

Finalmente me livro do animal, mas e agora? E se existirem mais de onde saiu esse?
Após mandar algumas mensagens narrando o acontecido (de maneira curta, é claro) decido dormir e acordo uma hora atrás assustado... Escrevo esse texto e adivinhem? Ainda morrendo de medo de encontrar novos animais peçonhentos pela casa...
Mas fico com a sensação de ter enfrentado meu medo e derrotado aquela abominação. Tomara que essa história tenha chegado ao fim.

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